segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nome

Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade.
Pv 16.32

Contra o que lutamos? Contra nós mesmos.
Daí, melhor a paciência para com o outro:
É treinamento para autodomínio.
O que precisamos conquistar? A nós mesmos.
Daí, melhor dominar o próprio espírito!
Quando a gente muda, uma parte do mundo muda com a gente.
Há os sinalizadores e os voluntariosos:
Os sinalizadores esperam e apontam caminhos.
Eles se conquistaram porque sabem do jeito de viver.
Deus existe: há um jeito certo de viver.
Os voluntariosos só têm tempo para si, para a sua vontade.
Até podem vencer guerras, mas não a principal: consigo mesmo.
Há dois Enoques na Bíblia:
Um herdou uma cidade que lhe era homônima.
A gente não sabe quanto ele viveu.
Sua família, para não mais voltar, saiu da presença de Deus,
Sua família quase levou o mundo à destruição.
O outro era da família que invocava a Deus…
Sabemos quanto tempo e como viveu.
Ele e toda a sua família:
É que só é contado o dia vivido diante de Deus!
Ele andava com Deus… E tanto! Que Deus o tomou para si!
O primeiro dominava uma cidade, o segundo se dominava.
Nome: todos têm um.
Alguns pensam que o nome o fará, e mudam de nome para mudar.
Nome é a gente que faz, com a vida que vive.
Um dia, porém, Deus mudará o nome de todos os que foram tornados seus:
Para o nome que conosco construiu.
Nome: cada um terá o seu!

Escrito por, ARIOVALDO RAMOS.
Texto extraído do Blog: ariovaldoramosblog.blogspot.com/

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fraseando

Deus é tão bom, que, a cada dia, me exercito em perceber os seus milagres, em tudo e em todos.
Na ressurreição do Cristo comemoramos o dia em que a humanidade venceu. A partir do que, tudo é, apenas, uma questão de tempo! Deus se realiza em nos fazer gente feliz!
Ser cristão é subir uma escada rolante: não é você que sobe a escada, é a escada que sobe você.
A divisa da Igreja: cada cristão como o Cristo; cada comunidade local como a Trindade; cada pessoa tendo a oportunidade de entrar no Reino; a sociedade humana como o Reino; e o planeta como o Jardim.
O segredo do cristão não é nunca pecar, mas sempre se arrepender.
Santidade é dedicação exclusiva à Trindade.
A vitória do cristão, não é não passar pelo sofrimento, é não ser derrotado por ele.
Sofrer é um verbo que o cristão não precisa conjugar.
Dar, a Deus, graças, em tudo, é colocar a vida nos braços do Pai.
De arrependimento em arrependimento somos, pelo Espírito, transformados à imagem do Cristo: a glória de Deus!
Somos filhos do Deus que sempre quis ser o nosso Pai.
Estar em Cristo, desde antes da fundação do mundo, é ter certeza de que a sua existência não foi um acidente... Alguém queria você.
A cada vez que, em nossa forma de viver, atendemos ao Cristo, a exemplo dos garçons do casamento em Canaã, nos tornamos agentes de milagres.
Nem sempre entendemos o que o Cristo nos pede, mas sabemos que redundará em algum milagre para o bem de muitos.
Ter ao Cristo, como o principal convidado em nossa vida, é saber que tudo pode recomeçar, não importa o que aconteça.
Todos estão sob a lei da impossibilidade, quando tudo, o que possa ser feito, escapa ao nosso controle.
Só o milagre vence essa lei. O cristão vive na esperança do milagre... Sempre.
Vida cristã é andar sobre as águas, logo, só pode ser vivida no poder do Espírito.
Renovar o entendimento é saber que o que se sabia sobre ser sustentado pelas águas mudou, desde que Cristo andou sobre elas.
A glória de Deus é ter misericórdia de quem quiser, logo, a glória de Deus passa por nós.

Escrito por, ARIOVALDO RAMOS.
Texto extraído do Blog: ariovaldoramosblog.blogspot.com/

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Gente Feliz!


Feliz é quem não segue os conselhos dos perversos: essa gente que sonega o direito; persegue o inocente; e, para quem, os fins justificam os meios.

Feliz é quem não relativiza o amar a Deus, acima de tudo, e o amar ao próximo, como a gente gosta de ser amado, como guia para toda a ação.

Feliz é quem sabe que toda a vida é sagrada, e a preserva.
Feliz é quem vive e anda com os justificados: promovendo o direito e preservando toda a vida.

Feliz é o que está plantado na comunidade dos declarados justos: onde esse amor é o modo de viver,
e a vida, então, flui como um rio, que o faz crescer como uma árvore sempre verdejante.

Feliz é o que dá tempo ao tempo, e, no tempo certo, faz o que tem de fazer.
Feliz é o que sabe que o prazer não é um lugar, mas uma construção.

Feliz é o que medita em como ser gente como gente deve ser: que medita em como viver a partir do amar
a Deus acima de tudo, e do amar ao próximo como a gente gosta de ser amado.

Feliz é quem anda nesse caminho onde a maldade não tem lugar: porque esse é o caminho de Deus!


Escrito por, ARIOVALDO RAMOS.
Texto extraído do Blog: ariovaldoramosblog.blogspot.com/


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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

EU estou com VOCÊ todos os dias!


Na semana que se passou me encontrei numa situação difícil. Recebi pela madrugada a notícia que meu tio que estava com câncer tinha falecido. Fiquei desolado por não saber o que fazer, desejava ardentemente estar junto com minha família, consolando e sendo consolado.                                                                                                                                        Mas o episódio da morte do meu tio era apenas mais um dos sofrimentos e das incertezas que estava vivendo. Juntando todas essas incertezas com os lampejos de sofrimento diário que vivenciava caí em tristeza e revolta dentro de mim. Estava revoltado com a situação que vivia, revoltado com o próprio Deus e com a solidão que sentia naquele momento. Foi uma das semanas mais atribuladas e tristes que tinha passado.
Quando chegou o domingo, subiu ao púlpito, como tenho feito a maioria dos domingos. Não subi feliz, a dor e a tristeza ainda tomava conta de mim. Escolhi o texto de Josué, capítulo primeiro, onde Deus repete várias vezes para o novo líder do seu povo: não temas. Tentava de alguma forma dizer para mim mesmo que Deus dizia aquelas palavras direcionadas a mim. Que ele estava no controle da minha vida, e toda aquela situação iria passar, mas não conseguia convencer a mim mesmo, nem aqueles que prestavam atenção em minha palavra.
Enfim, desabafei. Estou triste! Perdi o meu tio e não tive condições de estar com minha família para poder partilhar da dor que sinto aqui dentro. Desculpem-me, também estou tentando acreditar que Deus está no controle de todas as coisas e que não devo temer. Cantamos que “nunca vimos um justo sem resposta ou padecer no sofrimento...” Quero também dizer que além de triste, estou com dúvidas. Acho que não sou justo! A única coisa que posso dizer para vocês hoje é que também acredito que não devo temer, mas quero confessar que tenho medo, e a única certeza que tenho que de algum modo Deus está comigo.
Então, orei e desci do púlpito e sentei na minha cadeira na segunda fileira da igreja. Ouvi algumas palavras de apoio, em meio ás lágrimas, de uma irmã. Quando terminou o culto um irmão veio ao meu encontro com a sua Bíblia aberta e disse: sabe o que está inscrito em II Coríntios? Eu brinquei: muita coisa. Então ele leu para mim o que queria mostrar: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo” (II Co 1.3-5). E continuou: Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve sofrer pelo meu nome (Atos 9.15-16).
Aquele momento rápido me fez lembrar que todos somos sacerdotes de Deus, com igual capacidade de ministrar sobre a vida uns dos outros. Acostumado a pastorear, fui pastoreado e exortado por aqueles que cuidam de mim. Entendi que um justo também sofre, pois Jesus tinha sofrido, e que quando Deus diz não temas, na verdade ele está dizendo, eu também senti a dor de que você está sentindo, senti o abandono e a tristeza quando morri numa cruz. Por isso que o “não temas” de Deus nunca está sozinho, sempre vem acompanhado de um “eu estou com você todos os dias de sua vida”.

Escrito por, REGIS PEREIRA.
Extraído do blog: http://www.regispereira.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Meninos e Meninas Especiais


Por várias vezes temos nos referido ao jeito carinhoso e atencioso com o qual Jesus Cristo acolhia as crianças. Nesta reflexão falaremos de um segmento infantil com características especiais. Não vou falar de crianças ex-peciais – fora da espécie –, mas sim especiais – preciosas, diferentes, encantadoras.

Sempre fez parte da missão de Jesus incluir em seu ambiente pessoas diferentes, em geral excluídas pela sociedade de seus dias. Ele aproximou-se de leprosos, acolheu as crianças, deu aos doentes uma atenção diferenciada. Precisamos seguir o exemplo de Jesus Cristo, já que a igreja é continuadora da sua missão.

Tenho sido muito abençoado em momentos de convivência com esses personagens fora do comum. Éric é um sobrinho querido que nos trouxe muitas alegrias. Ele tem um cromossomo 21, causador de uma diferenciação peculiar dos demais seres humanos, denominada Síndrome de Down. Minha irmã tem Éric como uma dádiva divina, uma espécie de presença de Deus no seio da família.

A Júlia é uma preciosidade em nossa comunidade. Ela participa dos nossos momentos de louvor e oração com tal encantamento que, em geral, nos cativa a chegarmos mais ávidos à ambiência gerada por suas expressões e gestos de louvor e celebração pela vida. Na década de 80 conheci Zezinho. Ele está na lista dos meus amigos mais especiais. Zezinho não falava, mas na tentativa de cantar com um grupo de jovens de nossa igreja, além de outras participações com os idosos de nossa comunidade, ele aprendeu a falar. Zezinho tem uma habilidade extraordinária para a música e esta habilidade foi sendo descoberta pelo acolhimento e chances que a igreja lhe proporcionou.

Conheço um outro Éric, além do meu sobrinho. Ele é filho de uma amiga muito querida. Leia a seguir o depoimento da sua mãe, Rose:

“Nos acostumamos com ambientes que excluem ou observam a criança como objeto de admiração e alívio ‘porque os meu filhos são saudáveis’. É raro encontrar um ambiente acolhedor, não tanto pelo preconceito que advém do desconhecimento, mas pela falta de disposição para conviver com o outro.

Achávamos que isso não aconteceria no ambiente religioso, já que espiritualidade nos remete a aprender a acolher. Puro engano. Por anos, deixamos de freqüentar uma igreja por não nos sentirmos aceitos. O jarro, o púlpito, o ritual, o show, a estética... é sempre mais importante que as pessoas.

Meu filho é portador de sequela de toxoplasmose; possui um cérebro pequeno (microcefalia), não é regido pelas conveniências sociais, mas sabe se comunicar sem falar, amar sem cobrar, tocar músicas em instrumentos de percussão sem comercializar, sentir sem explicar, enxugar nossas lágrimas no momento de tristeza (o que enche o nosso coração de gratidão e alegria); sabe receber e ser hospitaleiro sem imposições, orar sem barganhar, louvar a Deus e adorá-lo espontaneamente. Enfim, sabe ser gente.
Hoje estamos em uma igreja acolhedora, que o percebe como pessoa. Que permite que ele participe de todas as celebrações, batismo, ceia e ministério. A comunidade tem nos ensinado a paciência, a contemplação do diferente percebendo a sua beleza; tem nos ensinado o amor incondicional. Eu concordo, sem falsa modéstia: Meu filho é especial mesmo! A inadequação não vem das pessoas diferentes, mas sim de nós, os ‘normais’, que não sabemos como conviver com o outro!”

Animo a sua igreja e a sua comunidade a receberem com mais alegria e contemplação os meninos e meninas especiais.

Escrito por, PR. CARLOS QUEIROZ.